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Rio de Janeiro; s.n; 2019. xx, 121 p. ilus.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1048795

RESUMO

Introdução: A hepatite B trata-se de um problema mundial que afeta cerca de 257 milhões de pessoas no mundo inteiro e é responsável por complicações como cirrose e carcinoma hepatocelular. Apesar da implementação de sua vacina no calendário brasileiro de imunização infantil em 1998 e universal desde 2016, casos de hepatite B aguda ainda são rotina no Ambulatório de Hepatites Virais (AHV) e o conhecimento de sua história natural mantém-se com lacunas a serem esclarecidas. Objetivos: Avaliar mudanças no perfil populacional-epidemiológico de casos de hepatite B aguda atendidos no AHV nos últimos 20 anos, diferenciando casos agudos de crônicos anti-HBc IgM positivos, além de caracterizar as diferentes evoluções clínicas da infecção aguda e possíveis variáveis relacionadas a elas. Metodologia: Estudo transversal obtido de coorte retrospectiva de pacientes com suspeita de hepatite B aguda e anti-HBc IgM positivo de 1997 a 2017, através da revisão de prontuários. Principais resultados: Foram 581 pacientes agudos e 19 crônicos anti-HBc IgM positivos, em que houve menor média de idade entre os agudos (38 versus 46 anos, p<0,05) e maior mediana de transaminases neste mesmo grupo (ALT/AST=1500/1015 U/L versus 204/228 U/L; p<0,05) em comparação aos crônicos. Observou-se uma queda no número de casos agudos registrados desde 2014, e a distribuição entre gêneros apresentou uma tendência ao equilíbrio nos últimos três anos. A faixa etária mais prevalente foi de 20 a 39 anos (56%), que apresentou queda progressiva associada ao aumento na faixa de 40 a 59 anos desde 2009. A faixa de 0 a 19 anos apresentou quedas contínuas mantendo-se em zero desde 2014. O genótipo detectado com maior frequência foi o A (84%)


A resolução da infecção foi observada em 88%, onde 6% levaram mais de seis meses para o desaparecimento do antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg), chamada de resolução tardia. A média de tempo para o desaparecimento do HBsAg foi de nove meses nos tardios e quatro meses para os não tardios (p<0,05). O anti-HBs acima de 10mUI/mL foi detectado em 84% dos casos resolvidos, cujo título médio foi de 219 ± 292mU/mL. Entre aqueles que cronificaram, 66% apresentaram infecção oculta e a coinfecção por HIV mostrou-se um fator de risco (pOR 4,6; IC 95% 1,1-17; p<0,05) para esse desfecho. Conclusão: Nos últimos 20 anos, houve redução nos casos atendidos de hepatite B aguda assim como aumento da idade e tendência ao equilíbrio entre os sexos infectados, no AHV. Foram notadas diferenças de idade e transaminases entre os agudos e crônicos anti-HBc IgM positivos, justificadas por suas diferenças clínicas. Houve maior prevalência de genótipo A entre os casos agudos. A taxa de cronificação foi semelhante à literatura e os pacientes que resolveram a infecção espontaneamente apresentaram títulos de anti-HBs pós infecção natural inferiores aos valores observadas entre vacinados na literatura. A coinfecção por HIV mostrou-se como um fator para evolução para cronificação na forma oculta, sendo necessária investigação minuciosa do HBV nessa população. (AU)


Assuntos
Humanos , História Natural das Doenças , Vacinação , Hepatite B , Antígenos do Núcleo do Vírus da Hepatite B
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